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OLÁ,

Salvador Dalí – Instituto Tomie Ohtake

Resenha por Laura Ming

A retrospectiva do artista espanhol tem tudo para se tornar a nova mostra mais badalada da cidade. No fim de semana de estreia, muita gente que chegou por volta do meio-dia ao Instituto Tomie Ohtake só conseguiu entrar às 17h. Mas sem grandes dramas. A organização do evento criou um sistema de senhas para evitar que as pessoas fiquem amargando de pé na fila, como aconteceu na exposição da japonesa Yayoi Kusama. Elas são distribuídas a partir das 10 da manhã para três horários: 11h, 14h e 17h. Vale, sim, a pena se organizar para ver as 218 peças exibidas. Elas apresentam um Dalí minucioso (chegou a pintar com pincéis de duas cerdas e auxílio de uma lupa) e sóbrio, que passou pelo cubismo e pelo impressionismo antes de se encontrar no surrealismo. Entre as 24 telas há preciosidades como A Memória da Mulher-Menina, uma das primeiras no estilo, na qual se nota o árido e aflitivo mundo dos sonhos do artista. A abrangência dos trabalhos surge em belas gravuras pouco conhecidas que ilustram livros como Alice no País das Maravilhas ou fazem releituras impossíveis de desenhos botânicos do século XVIII. Infelizmente, pouco espaço foi dedicado ao seu lado marqueteiro, tão criticado quanto divertido. A Sala Mae West reproduz uma instalação inspirada na atriz americana e rende boas selfies, porque cria a ilusão de “entrar” na obra. Para ela, há uma fila à parte de, pelo menos, quarenta minutos. De 19/10/2014. Até 11/1/2015. 

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