Robert Plant
- Recomendação: 16 anos
Resenha por Carol Pascoal
Há um mês, uma contagem regressiva misteriosa na página oficial do Led Zeppelin no Facebook criou um clima de inquietação entre os seguidores do quarteto inglês responsável por, nos anos 70, inserir um peso extra na sonoridade do rock — tornando-se uma referência para os futuros conjuntos de heavy metal. Seria o anúncio de um retorno aos palcos? Não era. Desde o fim da banda, em 1980, o ex-vocalista Robert Plant, de 64 anos, desmentiu incontáveis vezes boatos acerca de uma retomada definitiva ao lado do guitarrista Jimmy Page, do baixista John Paul Jones e do baterista Jason Bonham, esse último no posto que era de seu pai, John Bonham (1948-1980). O alarde tinha o objetivo de promover o lançamento do documentário musical Celebration Day. Trata-se de um registro do show beneficente feito pelo Led Zeppelin em 2007, na Inglaterra. Na ocasião, 20 milhões de pessoas ao redor do mundo se cadastraram em um site na tentativa de garantir a presença no reencontro histórico, mas apenas 18.000 conseguiram ingressos. Além de ser exibido no cinema, o filme ganhará versões em CD, DVD, vinil e blu-ray. Em São Paulo, a rede Cinemark deve projetar o espetáculo no dia 30 e em 3 de novembro. Antes da estreia, porém, os fãs têm uma oportunidade de longe mais sedutora: ver Robert Plant em carne e osso no Espaço das Américas. Hoje, o cantor de cabeleira loira possui um punhado de fios brancos, e a voz marcante e poderosa de outrora não é a mesma. Foi prejudicada pelos gritos agudos e excessos ao longo da vida de rock star, mas quem comparecer às apresentações — a primeira delas já está esgotada — constatará que Plant ainda canta de forma brilhante. Acompanhado do grupo The Sensational Space Shifters, ele interpreta canções com influências do blues, do folk e de ritmos africanos. Também reserva uma fatia do repertório para clássicos do Led Zeppelin. Vai ser de arrepiar ouvir Black Dog e Whole Lotta Love ao vivo. Dias 22 e 23/10/2012.