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Poéticas do Mangue

Comida & Bebida, Lazer & Cultura, Shows & Noite.

Por Da Redação
Atualizado em 16 dez 2016, 16h52 - Publicado em 22 mar 2012, 17h02
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  • Resenha por Jonas Lopes:

    Na primeira metade do século passado, especialmente nas
    décadas de 20 e 30, a região do Mangue, na Zona Portuária do
    Rio de Janeiro, ficou famosa pelos bordéis e pela quantidade de
    intelectuais que se reuniam neles. Esse momento serve de inspiração
    para a mostra Poéticas do Mangue, em cartaz no Museu Lasar
    Segall. Estão reunidas ali100 obras, de coleções públicas e
    particulares, entre aquarelas, gravuras e pinturas. A influência
    primordial da coletiva é o expressionismo alemão, escola
    caracterizada pela consciência social e decidida a investigar os
    limites da vida burguesa e, a partir daí, transgredi-los. Na Alemanha
    do período entreguerras, a chamada República de Weimar (1919-
    1933), a abundância de cabarés inspirou Otto Dix, George Grosz,
    Walter Jacob e Otto Lange, todos representados na exposição devido
    à influência exercida sobre o cenário artístico brasileiro. Lasar Segall marca presença com o álbum Mangue,
    formado por desenhos assinados de 1925 a 1943 e cuja
    primeira edição trazia textos introdutórios dos escritores
    Manuel Bandeira, Mário de Andrade e Jorge de Lima.
    Emiliano Di Cavalcanti, por sua vez, teve incluído o conjunto
    Fantoches da Meia Noite, de 1921. “Eles fazem abordagens
    distintas de um mesmo tema”, diz o curador Fábio Magalhães.
    “Segall tem uma postura engajada, vê tudo com distanciamento,
    enquanto Di Cavalcanti explora elementos de boemia e
    promiscuidade.” A lista de artistas traz ainda Cícero Dias,
    Antonio Gomide e outros. De 01/04/2012 a 17/06/2012.


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