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OLÁ,

Otelo

Tipos de Gêneros dramáticos: Tragédia
VejaSP:
  • Direção: Debora Dubois
  • Duração: 140 minutos
  • Recomendação: 12 anos
  • Ano: 2015

Resenha por Dirceu Alves Jr.

Teatro é arte, mas também dá muito trabalho e, às vezes, pouco retorno. Então, não é raro ver atores em cena guiados pelo piloto automático e tão espontâneos quanto um robô. Concebida e dirigida por Debora Dubois, a encenação da tragédia de William Shakespeare sobre o ciúme chama atenção justamente pelo contrário. O elenco de nove atores se entrega a essa história com uma energia capaz de contagiar a plateia – e essa garra é perceptível na forma como cada um dá o texto da fluente tradução de Maria Silvia Betti. Na trama, o general Otelo (interpretado por Samuel de Assis) torna-se alvo da inveja de Iago (representado por Rafael Maia, principal destaque do grupo), preterido no cargo de tenente em favor de Miguel Cássio (o ator Cesar Figueiredo). Revoltado e sem escrúpulos, Iago constrói uma teia de intrigas que leva o personagem-título a acreditar que sua mulher, a doce Desdêmona (vivida por Samara Felippo, no lugar de Mel Lisboa), é uma adúltera e pode estar envolvida com Miguel Cássio. Concretizado através de 27.000 reais captados em um site financiamento coletivo, o espetáculo volta ao cartaz no Teatro Faap na quarta (20/01/2016) depois de duas bem-sucedidas temporadas na cidade. Com Ricardo Monastero, Glaucia da Fonseca, Yael Pecarovich, Antonio Ranieri e Marcio Guimarães. Estreou em 11/8/2015. Até 28/4/2016.