Resenha por Jonas Lopes:
Fundado em 1948 por Ciccillo Matarazzo,
o Museu de Arte Moderna quase foi extinto
pelo próprio criador, no início dos anos 60.
Matarazzo resolveu transferir toda a coleção
para o então recém-nascido MAC-USP. Apenas
por esforços de alguns conselheiros, o MAM
conseguiu sobreviver, mas sem acervo nem sede.
A recuperação começou em 1966, com a
morte do colecionador Carlo Tamagni e a doação
de 81 obras. Dois anos depois, o museu
ganhou um novo espaço, no Parque do Ibirapuera.
Agora, a exposição O Retorno da Coleção
Tamagni apresenta o grupo completo de peças
que garantiram o recomeço de uma das principais
instituições paulistanas. A coleção só havia
sido exibida na íntegra em 1968, numa mostra
no Conjunto Nacional. Entre os destaques estão
ícones modernistas como Tarsila, Volpi e Livio
Abramo. Trabalhos contemporâneos são postos em diálogo no espaço expositivo. Caso da barulhenta
instalação Totó Treme-Terra, do coletivo
Chelpa Ferro, ou de um cavalete de vidro
cravejado de tiros assinado por Marcelo Cidade,
referência aos suportes elaborados por Lina Bo
Bardi e usados para expor pinturas nos primórdios
do Masp, posteriormente abandonados. Até 11/03/2012.