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OLÁ,

Nosso Lar

VejaSP:
  • Direção: Wagner de Assis
  • Duração: 102 minutos
  • Recomendação: 10 anos
  • País: Brasil
  • Ano: 2010

Resenha por Miguel Barbieri Jr

O livro homônimo psicografado por Chico
Xavier (1910-2002) chega ao cinema numa produção
com efeitos visuais desenvolvidos no Canadá
e bela trilha sonora do americano Philip Glass (“As
Horas”), três vezes indicado ao Oscar. No entanto,
nem com tanta pompa estrangeira o drama espírita
consegue camuflar seus erros. Pode parecer um
paradoxo, mas, embora extremamente didática, a
fita deixa no ar questões importantes ligadas ao
tema. Outro deslize está na direção de arte cafona,
que mistura elementos de época a desenhos futuristas
— são raras as vezes em que a computação
gráfica é ali bem empregada. Um roteiro de frases
feitas tenta explicar o que seria o “nosso lar”, um
plano espiritual aonde vai parar o médico André
Luiz (Renato Prieto) depois de morrer na década
de 30. Os primeiros minutos do filme são arrepiantes,
ao mostrar o umbral tomado por sombras, lama
e almas angustiantes à deriva. Mas não demora
muito para o enredo virar um arrastado bê-á-bá do
espiritismo a partir do momento em que o protagonista
se dá conta de sua missão extraterrena. Sim,
atinge o público-alvo — mas só ele. Estreou em 03/09/2010.