Mulheres Ácidas

Resenha por Dirceu Alves Jr.

Cristiane Wersom e Marianna Armellini pertencem a um time de comediantes cuja simples presença no palco já nos dá vontade de rir. Não à toa, o público de Mulheres Ácidas solta espontâneas gargalhadas em plena introdução, quando elas ainda agradecem aos patrocinadores e brincam com os atrasados. Escrito por Cristiane, o texto da peça recorre à narrativa de peças soltas que, no final, se encaixam para mostrar personagens femininas de diferentes épocas e idades. A dupla, despida de caracterizações, interpreta uma manicure e sua cliente, uma veterana e uma caloura de faculdade, além de ir a extremos como duas senhoras em um asilo ou crianças em um balé. Dirigida por Cristiane Paoli Quito, a encenação peca por ser limpa demais e quase não recorre a trilha sonora ou efeito de luz. Logo, a responsabilidade total se concentra nas atrizes, que, experientes no improviso e carismáticas, dominam a situação e ganham a plateia. Estreou em 14/2/2017.