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OLÁ,

Marcius Galan

Resenha por Julia Flamingo

Na primeira sala da Galeria Luisa Strina, as instalações do americano naturalizado brasileiro Marcius Galan interferem na arquitetura do espaço, trazendo objetos que deixam marcas em suas paredes e no chão. O artista brinca com a percepção do visitante ao apresentar longos objetos brancos que cabem perfeitamente em buracos da parede. É como se eles tivessem sido arrancados, deixado aparentes as entranhas da galeria. Na série Translúcido, Galan pinta a sombra de um vidro inexistente: é preciso de alguns momentos para perceber que, na verdade, aquilo é uma ilusão de ótica. A série Mão Suja ocupa a segunda sala. Ela foi inteiramente manchada por grafite durante o período de uma semana em que ele impregnava outras superfícies com o material. Sobram apenas alguns espaços em branco na parede. Em toda a exposição, denominada Planta/Corte, Galan torna claro que a marca deixada pelos objetos é mais importante do que o objeto em si.