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OLÁ,

Manuel Álvarez Bravo

Resenha por Jonas Lopes:

Expoente da fotografia moderna no México, Manuel Álvarez Bravo (1902-2002) tinha tudo para não escolher o caminho da arte. Nascido numa família pobre, um entre oito irmãos, perdeu o pai cedo e foi obrigado a começar a trabalhar para ajudar nas contas da casa. Estimulado por um colega de escola, contudo, acabou se apaixonando pelas câmeras e chegou a abandonar uma trajetória promissora no funcionalismo público para investir na carreira. O resultado desse esforço pode ser conferido na retrospectiva Fotopoesia. Estão reunidas 150 obras clicadas entre as décadas de 20 e 50. A produção inicial do artista ainda deriva bastante dos trabalhos de certos surrealistas e formalistas como Weston e Ródtchenko: fazia closes aproximados de objetos com o intuito de fortalecer o impacto abstrato e geométrico. Bravo atingiu identidade própria ao investir nas figuras humanas, em especial os índios, e nos aspectos documentais. Há nas imagens uma fuga do realismo, alcançada por meio de flertes com o subconsciente. Prorrogada até 08/07/2012.