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OLÁ,

Maio Fotografia no MIS 2014

Resenha por Laura Ming

Depois de receber dois blockbusters, as mostras dedicadas ao cineasta Stanley Kubrick e ao roqueiro David Bowie, o Museu da Imagem e do Som muda o foco para a arte das câmeras. Maio Fotografia no MIS 2014 apresenta sete exposições que trazem a produção de novatos, itens de acervo e, mais interessante, quatro individuais de artistas importantes para a história da fotografia. Um deles é Valdir Cruz, paranaense radicado nos Estados Unidos que clicou as transformações de sua cidade natal, Guarapuava, por trinta anos. Personagens de expressão marcante e as araucárias e pastagens típicas da região estão lá em grandes ampliações em preto e branco. Outro destaque é a sala com 75 obras do checo Josef Koudelka. Ele retrata a invasão soviética em 1968, no evento que ficou conhecido como Primavera de Praga. Koudelka conseguiu que os negativos fossem levados para Nova York, onde ficaram guardados sob um pseudônimo. O trabalho lhe rendeu o prêmio Robert Capa anos depois. Muito coloridas e cheias de ironia são as fotos de Gregory Crewdson, que reproduzem cenas dos subúrbios americanos, onde todas as construções surgem lindas mas a desilusão de seus moradores revela-se arrebatadora. Há ainda os registros das incursões de Robério Braga ao Quênia — no primeiro plano aparecem os detalhes das vestimentas das tribos, os rostos ficam escondidos pela sombra. Apesar de as exposições não terem uma pegada tão pop, valem a visita, sobretudo pela variedade de olhares a ser apreciados. De 2/5/2014 a 22/6/2014.