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OLÁ,

Lygia Pape

Resenha por Jonas Lopes:

Ao lado de Hélio
Oiticica e da xará Lygia Clark, a fluminense
Lygia Pape (1927-2004) costuma ser considerada
pela crítica o nome mais influente da
arte brasileira no cenário internacional. Uma
prova disso está na retrospectiva Espaço Imantado, idealizada pelo Museu Reina Sofia, de
Madri, e que passou por Londres. Estão reunidos
200 trabalhos, entre pinturas, relevos, gravuras,
colagens, poemas, cartazes e ações performáticas
em vídeos e fotografias. Lygia iniciou a produção
ao integrar em 1954 o Grupo Frente, capitaneado
por Ivan Serpa. São dessa época algumas telas e
xilos de inflexão geométrica. Logo depois, em
março de 1959, a artista assinou o Manifesto
Neoconcreto. Nesse momento, passou a se dedicar
ao esforço de interagir com o espectador,
tridimensionalizar as obras e impregná-las de
ironia e caráter experimental. Caso da performance
Divisor, na qual um grupo de pessoas coloca a
cabeça em buracos feitos num tecido enorme.
Exposta na Bienal de Veneza em 2009, a instalação
Tteia I, composta de fios de ouro, não foi
deixada de fora. De 17/03/2012 a 13/05/2012.