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Em 2013, o grupo americano de hard rock Kiss completa quatro décadas de existência. Quando uma banda do gênero atinge essa marca (ou até antes disso), há duas possibilidades: ter se tornado um conjunto de rock “farofa”, algo datado como o Twisted Sister, ou um fenômeno de popularidade capaz de agradar a várias gerações. Com apenas o baixista e vocalista Gene Simmons e o guitarrista Paul Stanley da formação original, o Kiss tinha de tudo para se encaixar na primeira alternativa. Maquiagens e performances (até hoje) exageradas e shows em cruzeiros só reforçam essa teoria. A bem-sucedida passagem por São Paulo, em 2009, e a qualidade do recém-lançado álbum Monster, contudo, atestam o contrário. O quarteto mascarado, hoje com Eric Singer (bateria) e Tommy Thayer (guitarra), foi capaz de vencer o cansaço e de se reinventar ao longo dos anos. Por isso, quem for ao espetáculo deles na Arena Anhembi deve sair de lá feliz da vida. Além dos figurinos extravagantes — com direito aos sapatos de salto plataforma —, pirotecnias e bizarrices visuais (espere por fogos e sangue falso) e da censurável língua de Gene Simmons, a diversão é garantida pelo repertório de peso. Sem ignorar os clássicos, disparam Rock and Roll All Nite e Detroit Rock City. Inclusive, há três anos, o grupo chamou esta última de São Paulo Rock City. Da nova safra, Hell or Hallelujah e Back to the Stone Age estão entre as melhores pedidas. Dia 17/11/2012.