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OLÁ,

Histórias Mestiças

Resenha por Laura Ming

Interessados em explorar a mistura de raças que formou o povo brasileiro e como ela apareceu nas artes plásticas através dos anos, o curador Adriano Pedrosa e a professora de antropologia da USP Lilia Schwarcz organizaram esta ótima mostra. O resultado é evidente na qualidade das 400 obras e na consistência das conexões propostas. Vale a pena perder certo tempo em cada uma das seis salas e se deixar levar pelas reflexões incitadas. Joaninha, tela de Luiz Zerbini, por exemplo, foi colocada ao lado das pinturas faciais indígenas que a inspiraram. Realizada por Claudia Andujar, a comovente série de fotos de uma tribo ianomâmi afetada pela gripe no início da década de 80 está disposta como uma linha do tempo. Junto delas, ficam gravuras do século XIX, que narram o encontro entre bandeirantes e indígenas. Máscaras africanas e mapas antigos também estão em exibição. Quem quiser apenas se deleitar com belas pinturas, sem embarcar na tese dos curadores, poderá apreciar as obras de Adriana Varejão, Beatriz Milhazes e Albert Eckhout. De 16/8/2014. Até 5/10/2014.