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OLÁ,

François Truffaut – Um Cineasta Apaixonado

Resenha por Fernando Masini

Ao falar de Alfred Hitchcock, sua grande inspiração e tema de estudo, a uma plateia do American Film Institute em 1979, François Truffaut (1932-1984) resumiu, no papel do excelente crítico que foi, como identificar a qualidade de uma obra: “Um filme é bom quando conseguimos perceber entre as imagens o medo ou o prazer do autor”. No caso do diretor francês, que recebe uma bela homenagem na mostra Truffaut: um Cineasta Apaixonado, transparecia na tela a paixão com que ele contava histórias, do seminal Os Incompreendidos (1959) a O Amor em Fuga (1979). Uma das produções mais conhecidas de Truffaut, Jules e Jim (1962) ganha curiosidades como trechos do roteiro e uma interessante carta do escritor Henri-Pierre Roché em que ele aprova a escolha da atriz Jeanne Moreau para a personagem Catherine. Numa das salas, dedicada à paixão de Truffaut pelas mulheres, o visitante vê através do olho mágico cenas indiscretas. Registro precioso, o áudio da famosa série de entrevistas com Hitchcock é imperdível. A vasta e cuidadosa seleção do curador Serge Toubiana garante um passeio prazeroso pelo universo de um dos nomes mais notáveis do cinema francês. Até 18/10/2015.

+ Tudo sobre a mostra de Truffaut em vídeo