Festival Slap
- Recomendação: 18 anos
Resenha por Carol Pascoal
A não ser que você esteja sem assistir à televisão, acessar a internet ou ouvir rádio desde 2009, provavelmente já ouviu falar da cantora paulistana Maria Gadú. Naquele ano, ela se tornou figura onipresente na mídia: apareceu em matérias de sites, jornais e revistas, e suas músicas dominaram as produções globais — estavam presentes nas novelas Viver a Vida e Cama de Gato e na minissérie Cinquentinha. Uma proeza dessas não teria sido possível sem um empurrão do Slap, selo criado em 2007 pela Som Livre. A marca tem a proposta de apostar em novos nomes, mas vale a observação: ajuda muito o fato de a poderosa gravadora ser responsável por lançar os álbuns das trilhas sonoras da Rede Globo. Para comemorar os cinco anos da empresa, Maria e mais quatro artistas pertencentes ao selo se apresentam no Festival Slap. Ao lado de uma única banda — formada por Cesinha (bateria), Gastão Villeroy (baixo), Fernando Caneca (guitarra), Maycon Ananias (teclados) e Doga (percussão) —, cada um dos artistas está encarregado de cantar três faixas do próprio repertório e de acompanhar as canções dos demais. Prestes a lançar o vinil do belo álbum de estreia, Feito pra Acabar (2010), o multi-instrumentista Marcelo Jeneci explora esse trabalho no palco. A intérprete curitibana (e namorada de Chico Buarque) Thaís Gulin mostra Revendo Amigos, Cinema Americano e Ali Sim, Alice, do segundo CD, ôÔÔôôÔôÔ (2011). Nome recente da gravadora, o capixaba Silva põe em cena faixas de Claridão (2012). Tiago Iorc, de Brasília, completa a seleção com músicas de Umbilical. Filho da cantora Tetê Espíndola e do compositor Arnaldo Black, o jovem cantor Dani Black, que é autor de sucessos de Maria Gadú, faz participação especial nas apresentações alheias. Dia 24/11/2012.