Estaremos Sempre Juntos

Resenha por Dirceu Alves Jr.

O tema não é lá muito original. Um grupo de amigos retoma o convívio depois de algum tempo e as diferenças se sobrepõem ao afeto. O Reencontro, O Declínio do Império Americano e As Invasões Bárbaras estão na lista de produções que exploraram o argumento. A comédia dramática francesa Estaremos Sempre Juntos, de Guillaume Canet, é mais uma e não traz novidades. Trata-se do resgate de outro longa do diretor, Até a Eternidade (2010), e de como fluiu a vida dos personagens. Max (interpretado por François Cluzet) não tem motivos para comemorar os 60 anos. Está triste, falido nos negócios, e a melhor opção é buscar o isolamento de sua casa de praia, que, inclusive, vai pôr à venda. Os seus melhores amigos da vida, no entanto, decidem visitá-lo de surpresa. Muitos deles não se cruzam há alguns anos, e está armada a cama para um inevitável acerto de contas. O maior valor do filme é reunir um timaço de atores, o que engrandece mesmo situações pueris ou batidas. Marion Cotillard, Gilles Lellouche, Benoît Magimel e Laurent Lafitte, entre outros, alternam humor, dor e emoção em suas composições e aumentam o interesse em torno da trama pouco surpreendente (Nous Finirons Ensemble, França/Bélgica, 2019, 135min). 14 anos.