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Elenco – A Cara da Bossa

Comida & Bebida, Lazer & Cultura, Shows & Noite.

Por Da Redação
Atualizado em 16 dez 2016, 19h21 - Publicado em 4 dez 2009, 14h53
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  • Elas já eram reconhecíveis de longe, graças à inconfundível
    combinação de apenas três cores — preto, branco e detalhes
    vermelhos. Agora, as famosas capas de discos da gravadora
    carioca Elenco estão reunidas numa mostra. Composta de 75
    imagens (entre elas fotografias dos anos 60), Elenco — A Cara
    da Bossa celebra, sobretudo, o talento de Cesar Villela, responsável
    por um grande avanço no design gráfico brasileiro. Se hoje os
    LPs do selo são valorizados em sebos e sites na internet (no eBay,
    o disco Surf Board, de Roberto Menescal, custa 250 reais), o
    mérito deve ser dado tanto ao conteúdo musical quanto ao visual.
    Tudo começou em 1963, quando o produtor Aloysio de
    Oliveira (ex-Odeon e Phillips) fundou a Elenco e contratou o
    designer para criar o conceito visual da marca. “O melhor
    caminho para vender era a vitrine de loja. Como as capas eram
    muito poluídas, optei por chamar atenção com o mínimo de
    elementos”, diz Villela, que tem hoje 79 anos. Outra influência
    veio de uma frase do filósofo canadense Marshall McLuhan
    (1911-1980). “Ele chamava o excesso de detalhes de ruído visual.
    Achei isso muito moderno: simplificar para não complicar.” Entre
    os artistas abrigados pela gravadora estavam Tom Jobim, Vinicius
    de Moraes, Lúcio Alves, Sylvia Telles, Sérgio Ricardo, Nara
    Leão, Maysa e Baden Powell. Villela trabalhou para a Elenco
    por menos de dois anos — mudou-se em 1964 para os Estados
    Unidos. A gravadora manteve seu estilo nas capas até ser vendida,
    em 1967, para a Phillips. Até 10 de janeiro.

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