Pulp
- Recomendação: 14 anos
Resenha por Carol Pascoal
Afastada de grandes turnês desde 2002, a banda inglesa de britpop Pulp causou comoção entre os fãs quando anunciou o retorno aos palcos no ano passado. Na ocasião, a excêntrica figura do vocalista Jarvis Cocker chegou a comentar que, ao lado de Candida Doyle (teclados), Mark Webber (guitarra), Steve Mackey (baixo) e Nick Banks (bateria), teria de reaprender a tocar as próprias músicas. Para isso, eles assistiriam a alguns vídeos na internet. Exagero total. O jejum foi quebrado em maio de 2011, no festival Primavera Sound, em Barcelona. Pelos registros do espetáculo (conferido in loco por 30.000 pessoas), é possível comprovar: o quinteto continua em excelente forma. Pela primeira vez na cidade, o conjunto dispara suas canções de letras profundas e repletas de ironia. Criado em 1978, momento no qual a cena britânica respirava o punk do The Clash, o grupo só ganhou notoriedade na década de 90. Nesse período, os holofotes pairavam sobre o Oasis e o Blur, mas o disco Different Class (1995) foi capaz de tirar Jarvis Cocker e companhia da sombra. Os sucessores, This Is Hardcore (1998) e We Love Life (2001), também foram bem recebidos. Mas na sequência veio o tal recesso. Por aqui, espere por um show repleto de projeções, jogos de luzes e com muitos clássicos no repertório, a exemplo de Common People, This Is Hardcore, Disco 2000 e Babies, para tiete nenhum botar defeito. Dia 28/11/2012.