- Direção: James Gray
- Duração: 123 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: Estados Unidos
- Ano: 2019
Além de brilhar em Era Uma Vez em… Hollywood, Brad Pitt entrega mais uma ótima atuação em Ad Astra — Rumo às Estrelas. Se no filme de Tarantino o astro destilava deboche e energia física, aqui o trabalho é introspectivo e cerebral. Em duas horas de duração, o diretor James Gray (de Era Uma Vez em Nova York) leva a plateia ao espaço — e o faz com uma imersão poucas vezes vista nas telas. Na trama, Pitt interpreta Roy McBride, um astronauta que é escolhido para uma missão decisiva em sua vida. Seu pai (Tommy Lee Jones), que tinha a mesma profissão e desapareceu há mais de trinta anos, pode estar vivo em Saturno. E pior: ele deve ser o responsável por emitir raios cósmicos que estão afetando a saúde da Terra. Até chegar lá, Roy vai passar pela Lua, já habitada por humanos, e por Marte. Trata-se aqui de um jornada existencial pelos planetas. O protagonista tem de dar solução a uma iminente catástrofe no presente e, ao mesmo tempo, acertar as contas com aquele que o abandonou no passado. Há pouca ação, raro suspense e muita reflexão. Embora com algumas passagens mal explicadas (a aparição de símios, por exemplo), Ad Astra tem, ao menos, dois pontos favoráveis: Pitt em empenhada atuação intimista e o mergulho claustrofóbico diante do desconhecido. Direção: James Gray (Ad Astra, EUA/Brasil/China, 2019, 123min). 14 anos. Estreou em 26/9/2019.