A Dama de Negro
- Direção: Roberto Lage
- Duração: 80 minutos
- Recomendação: 12 anos
Resenha por Dirceu Alves Jr.
Causa surpresa e um pouco de desconfiança uma montagem enquadrada no gênero drama de horror. Incomum, essa definição é aplicada à peça A Dama de Negro, adaptação de Stephen Mallatratt para o romance escrito por Susan Hill. Para convencer o público a embarcar na fantasia, o diretor Roberto Lage demonstrou perspicácia ao embalar o espetáculo como uma peça dentro de outra e mostrar alguns truques cênicos. Ben-Hur Prado interpreta um homem que precisa revelar uma antiga história e, assim, segundo acredita, ficar livre de uma maldição. Contrata, então, um encenador (Josafá Filho) para ajudá-lo na tarefa. No outro plano, Josafá representa um jovem advogado londrino encarregado de cuidar da documentação de uma mulher falecida num lugar inóspito. Por lá, ele enfrenta situações intrigantes que desafiam sua coragem. Prado e Gabriella Aly se revezam nos demais tipos. Mesmo longe de impactar, a encenação é uma curiosa incursão, com ritmo e doses de mistério. Prado e Filho alimentam o suspense, que, apesar de certa previsibilidade, ganha ingredientes que agradam à plateia. Estreou em 3/5/2014. Até 27/7/2014.