Cepa despede-se do Tatuapé

Entre as melhores coisas proporcionadas por VEJA SÃO PAULO COMER & BEBER é revistar anualmente os restaurantes publicados no guia especial que sai agora em setembro (não custa repetir que de maneira anônima e com as contas pagas pela Editora Abril, que publica a revista semanal). Foi na visita que fiz em maio que descobri que um dos melhores endereços gastronômicos do Tatuapé estava de mudança. O Cepa permanece até este domingo no bairro mais efervescente da Zona Leste, quando o assunto é comida.

Quem me alertou sobre a mudança foi Gabrielli Fleming, a Gaby, sommelière das boas e sócia do marido e chef Lucas Dante, no negócio. “Não dava mais para ter um restaurante que não fechava no vermelho, mas não dava lucro. Infelizmente, nosso público não é do bairro. Vem de outras partes da cidade”, revelou Gaby na conversa que tivemos. O Cepa, no Tatuapé, funciona somente até este domingo (14). “É nosso último serviço no Tatuapé. Estamos com todas as mesas reservadas”, alerta ela.

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Cepa

Na procura pelo novo ponto, Gaby e Dante acabaram encontrando o imóvel onde funcionou o Gardênia, em Pinheiros. Para quem não se lembra, a casa de cozinha variada funcionou de 1997 a 2018 na Praça dos Omaguás, um micro-oásis no bairro, cada vez mais verticalizado. Na primeira fase, da inauguração a 2004, nasceu como Café Gardênia de cozinha italiana e pertenceu ao casal Monica Falconi e Marco Antonio de Rezende, também proprietários do imóvel. Até fechar apenas como Gardênia, era um endereço especializado em pratos de cordeiros da chef Marina Moraes.

A mudança para o ponto atual teria sido mais rápida, caso não tivesse havido a tragédia climática no Rio Grande do Sul. “A Thonart não conseguia entregar nossos móveis”, conta. No novo endereço, a promessa é começar a funcionar a partir de 27 de julho. “Até 4 de agosto, atenderemos com capacidade reduzida, somente sob reserva”, adianta Gaby.

A abertura oficial es marcada somente para 7 de agosto, aí sim com todo o salão. Nessa primeira fase, haverá jantar de quarta a sábado, das 19h às 23h, almoço no domingo, das 12h às 16h. “A ideia é abrir sábado no almoço também, mas não sabemos se conseguiremos no dia 10. Talvez um pouco mais para frente”, projeta a restauratrice.

Não faltarão clássicos como os pastéis de queijo comté e o atum com wassabi. São os favoritos da clientela.

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